sábado, 16 de agosto de 2014

Dar descanso

Um dia para darmos descanso à revolução
E olhar apenas para as ondas a bater no mar
Amigo, um dia para descansar
Largar a espingarda e abrir a mão
Pois os dedos já estão perros
De tanto punho elevado no ar
E a rouquidão já nem nos deixa beber
Um dia sem tiros e calados
Um dia sem pobres amarrados
Amanhã gritaremos outra vez
Contaremos até três para matar a burguesia
Para já um dia de descanso à beira mar
A pólvora já me cansa
Cheiremos antes a maresia

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